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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Preconceito linguístico e variação - Arquiles Campos


Muitas pessoas, no Brasil, esboçam preconceitos de diferentes naturezas. Discriminam o próximo por sua opção sexual, por sua cor, por sua classe social, por não saber falar o português padrão etc. A maioria reconhece a existência de todas essas formas de preconceito, com exceção do último tipo de preconceito citado, o que os linguistas denominam de preconceito linguístico. Por isso, combater esse tipo de preconceito nem passa por suas cabeças, pois é como se não existisse. Já os outros tipos de preconceitos são enquadrados dentro dos “politicamente incorretos”, o que motiva as pessoas ao combate explícito.
É muito importante para professores e alunos o conhecimento de que toda língua é heterogênea e suas respectivas variações devem ser respeitadas e estudas por todos e o papel do professor de língua materna é de suma importância para que não haja nenhum tipo de preconceito quanto ao uso da língua. É importante saber que existe uma grande variedade linguística em nosso país, tanto por razões geográficas, quanto socioeconômicas.Uma vez que todas as línguas variam, ou seja, que em nenhuma sociedade ou comunidade todos falem da mesma forma, é necessário saber lidar com essas diferenças.
Devemos ficar atentos para alguns “erros” que, na verdade, são a utilização de uma norma não padrão que o professor tende normalmente a repreender, fornecendo ao aluno a variante padrão como a única norma legítima e prestigiada pela sociedade. Apesar dos vários estudos existentes sobre a variação linguística, essa questão ainda é muito complexa e gera dúvidas e controvérsias. Basta ver como o assunto é tratado nos ambientes de ensino de língua materna.

Arquiles Campos

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